A Expedição Velho Chico, liderada pelos experientes cavaleiros Pedroca Aguiar (87 anos) e Sebastião Malheiro (60 anos), chegou esta semana ao município de Delmiro Gouveia (AL), após cavalgar por 3215 quilômetros e atravessar quatro estados brasileiros: São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Pernambuco. A comitiva, que conta com a participação de cinco éguas da raça Mangalarga, se aproxima assim de seu destino, a foz do rio São Francisco, onde tem chegada prevista para o dia 14 de fevereiro.
Além do prazer de cavalgar por uma das mais belas regiões do país, o projeto possui uma série de importantes objetivos. Um deles é entrar em contato com a população ribeirinha, divulgando seu modo de vida, cultura e alimentação, assim como os atrativos naturais, históricos e turísticos de toda a bacia hidrográfica do rio São Francisco, de sua nascente na Serra da Canastra, em Minas Gerais, até seu encontro com as águas do oceano na divisa entre os estados de Alagoas e Sergipe.
A expedição, que já está a mais de quatro meses na estrada, pretende ainda colocar as atividades hípicas em evidência para o público brasileiro, mostrando a relevância do segmento equestre para o agronegócio nacional, afinal o setor é responsável por movimentar uma cifra anual superior a R$ 16 bilhões, gerando mais de seiscentos mil empregos diretos, segundo dados da Câmara Setorial da Equideocultura do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Segundo Sebastião Malheiro, o projeto intenciona também divulgar e popularizar as cavalgadas e raids equestres entre a população brasileira, mostrando como essas são atividades acessíveis a pessoas de diferentes faixas etárias e distintos graus de habilidade. A iniciativa, além disso, tem a intenção de colocar em evidência as qualidades do cavalo Mangalarga, equino de origem brasileira que apresenta grande aptidão para as cavalgadas de longa duração, graças à sua rusticidade, resistência campeira e, em especial, à sua marcha progressiva, cômoda e equilibrada.
Os objetivos do projeto, entretanto, não param por aí, se estendendo também ao campo científico. Afinal, a expedição conta com o suporte e a participação de professores universitários, veterinários, zootecnistas e outros profissionais, que são responsáveis por coletar dados de pesquisa para análise e posterior publicação de trabalho científico, abordando a fisiologia do exercício dos animais ao longo do evento.
Para ficar por dentro das novidades da Expedição Velho Chico, que conta com o apoio da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga e da Associação Internacional de Cavaleiros de Longa Distância, acompanhe a página oficial do projeto no Instagram: @expedicaovelhochico. Já para obter informações mais detalhadas, entre em contato com o cavaleiro Sebastião Malheiro pelo telefone (16) 98206-5175.
Por: Pedro Rebouças
Dourado